Quanta ternura recalcada, quanto gesto de carícia e de complacência morre no gelo do silêncio e da imobilidade. Ele olha para todas as criaturas e para todas as coisas com uma profunda simpatia, mas com uma simpatia que jamais se transforma em gesto ou palavras. Às vezes tem uma vontade inenarrável de sorrir para toda a gente que o cerca, de revelar toda a sua cordialidade e toda a sua compreensão numa frase, num sorriso, num ato... Mas o espírito de análise intervém, destruidor, disseca todas as ideias, e mata o gesto... Fica ecoando no ar a pergunta que os lábios não fizeram, mas que a mente não cansa de formular: Para quê? E depois, mais forte que tudo a sua timidez...
(Érico Veríssimo in: Clarissa)
Eu cometo tantas e tantas vezes esse erro...
ResponderExcluirBelo fragmento.
Um beijo.
Seu espaço é maravilhosos e cheio de delicadezas.
ResponderExcluirTem toda razão, muitas vezes perdem-se dentro de nós muitos gestos por conta de outros gestos que só dependeriam de nós...
Abraços
Lindíssimo, Myla!
ResponderExcluirAh, muitos gestos meus morreram no gelo do silêncio e da imobilidade.
tsc tsc
Eu amei demais!
Cada dia eu amo mais vir aqui.