domingo, 13 de abril de 2025

Atenção: Relações saudáveis não são uma via de mão única

Algumas pessoas dizem que quando crescermos vamos percebendo quem está com a gente de verdade e quem está com a gente só para ganhar/receber algo... Mas acho que nem sempre o tempo dessa descoberta é medido com nosso envelhecimento, mas sim, com a experiência, o dia-a-dia, ou seja, tem gente que muito mais nova do que eu já descobriu isso de fato e não só na teoria (como eu sabia), mas experienciou na pele, na dor.

No meu caso, estou estou vivendo isso pela primeira vez... é exatamente por que agora vivi esse "abandono" e carência de pessoas que realmente  estão comigo para toda obra que estou valorizando cada vez mais quem tira um tempinho de sua vida pra falar comigo ou me visitar, porque as relações saudáveis não é uma via de mão única onde só a gente tem que dedicar o Nosso Tempo. As pessoas que estão  conosco também deveriam ter essa disponibilidade, mesmo no corre-corre da rotina. Mas o fato é que estou percebendo cada vez mais algumas sutilezas da vida e reconheço que estou lá por gente demais e nem sempre essas mesmas pessoas estão cá pra me apoiar.

É em decorrência disso que tenho me fechado, infelizmente tenho ficado num casulo e ultimamente tenho esperado tão pouco das pessoas que as frustrações diminuíram muito, mesmo que ainda tenha um bom caminho pela frente para aprender a não esperar NADA de ninguém, porque nessa vida somos nós por nós mesmos e talvez uma ou duas pessoas torcendo realmente pela gente. Nesse meio tempo venho aprendendo a ser mais por mim do que ser pelos outros, e me colocando em primeiro plano. Às vezes isso é tão necessário, sabe?

E isso já me leva a outra reflexão: A cada ano que passa meu círculo de amizade vai ficando cada vez menor... acho que não ocorre só comigo, mas o bom é que ficam apenas aquelas pessoas que realmente importam e torcem por mim.

Sei que há quem acredite que a solidão é uma escolha diária, que talvez só nos sintamos assim porque fizemos escolhas erradas (priorizamos mais o trabalho que as relações, dizemos muitos nãos aos convites para sair, etc.), mas e quando o esforço existe, quando você está lá e diz sim, mas as pessoas a sua volta que você achava que tinha convidado para falar com você, passam o tempo todo te ignorando mesmo estando no mesmo lugar? Foi escolha errada? Escolhi as pessoas erradas? No fundo, no fundo, creio que precisamos mesmo é deixar essa sensação de culpa de lado e aprender a viver sem esperar muito e sem se doar tanto para pessoas que não exercem a reciprocidade da doação...

|Mila F.

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