domingo, 26 de março de 2017

Procurando...

Porque sonhei e ainda sonho, todos os dias, com um amor que me preencha, que me complete, um amor que já cheguei a acreditar tão fortemente que existe, que agora cresce em mim a descrença de que realmente possa existir.

Depois de tanta esperança, o que me restou ao longo dos anos é essa esperança contorcida, fragmentada, estilhaçada, não creio mais que eu vá encontrar esse tal sujeito que seja tão eu que ao olhá-lo me faça crer que estou me assistindo ou me lendo.

Já são mais de 15 anos de busca e esse amor ainda não me surgiu como um encontro surpresa ou um apoio numa queda, ou uma proteção ou mesmo... nunca cheguei a esbarrar com esse amor profundo e que julgo ser o mais belo e bonito, aquele que a gente reconhece mesmo sem saber exatamente a definição do amor.

Fico a imaginar se no meio dessas 7 bilhões de pessoas não estará minha outra metade do coração se sentindo tão frustrado quanto eu por ainda estar sozinho e esteja cogitando se entregar para outra pessoa que também esteja sozinha, mas que não é sua alma-gêmea. É comum, no meio de tanta gente pessoas se perderem, desencontrarem os caminhos, até porque são tantos países, culturas, religiões que... tira sorte grande quem encontra o amor nesse caos.

Provavelmente eu não nasci com essa sorte e infelizmente também não tenho sorte no jogo. Não acredito que tendo apenas uma vida para viver eu a esteja vivendo do lado avesso, sendo o contrário do que eu sempre sonhei.

Só me resta culpar alguma coisa para poder diminuir esse fardo, descarregar a consciência: vou culpar os sonhos, porque eles não podem se defender.

Mila F.

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