segunda-feira, 21 de março de 2011

E não era apenas uma simples quarta-feira...


O bar estava vazio, ela entrou e pediu vários copos drinks consecutivos, tantos que já havia perdido as contas. Ela precisava extravasar. Foi quando ele se aproximou dela e sentando-se ao seu lado no bar disse:
_Quarta-feira não é um bom dia para sair, beber e acordar com ressaca na quinta.
Ela sorriu sem graça: quem era ele para julgá-la?
_Entretanto se você estiver aqui pelos motivos certos..._completou ele.
_Que motivos?_questionou ela com curiosidade.
_Dor de cotovelo ou alcoolismo...
Ela não conseguiu evitar um sorriso:
_Acho que estou pelo motivo certo! Talvez pelo primeiro motivo.
_Bem-vinda ao clube_ disse ele levantando seu copo de bebida_ viemos pelo motivo "dor de cotovelo", então, não falemos mais nisso, vamos esquecer!
Os dois conversaram durante muito tempo. Desilusões amorosas tornam-se assuntos compulsivos para os sofredores.
Eles dançaram, riram e se conseguiram ou não esquecer os motivos de estarem ingerindo álcool pelo menos aparentou que sim.
No final da noite, ou melhor, no princípio da madrugada, ele ajudou-a a pegar um táxi. Ela andava meio desequilibrada, nunca havia bebido tanto!
Já na porta do táxi ele disse:
_Você vai ficar bem?
_Claro que vou_respondeu ela.
_Essa noite foi incrível. Você é fantástica, só tem uma coisa que não entendi.
_O quê?
_Você está solteira mesmo?
_Sim.
_Uau, eu também estou. Posso pegar seu telefone?
_Sério? Depois de dormirmos não vamos nem lembrar um do outro...
_Você me dá o telefone e a gente faz o teste. Se eu lembrar de você eu te ligo.
_Certo_ ela respondeu pegando uma caneta na bolsa e escrevendo o número de seu celular na mão dele.
Ela se virou e quando ia entrar no táxi, ele perguntou:
_Hei, espera! Eu não sei seu nome...
_É mesmo! Eu também não sei o seu...
_Diego_ apresentou-se dando um beijo no rosto dela.
_Meu nome é Amélia..._respondeu com o rosto corado.
E aquela não foi apenas uma simples quarta-feira, mas a gente só percebe isso quando passa. No entanto, todas as ações praticadas durante o dia culmiraram naquela noite: quartas-feiras são regadas de surpresas e - pra falar a verdade - todos os dias resguardam seus mistérios.


“Ai que dor de cabeça! O que está acontecendo? Um bar... bebidas... ELE... Será que foi apenas um sonho?” Pensou Amélia depois de dez horas consecutivas de sono.

[Camila Márcia]


"O destino baralha as cartas, e nós jogamos." (Arthur Schopenhauer)

5 comentários:

  1. Pô!
    Eu quero uma quarta-feira profunda e intensa assim como a de Amélia,pra dizer o quanto valeu a pena! rss
    Amei viu Querida?
    Beijos e um dia iluminado pra ti ;*

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  2. ahahah, Sabe Cá, volta e meia eu acordo enão sei se foi ou não sonho, e olha que nem preciso beber....

    Mas, quase sempre foi sonho msm.

    Muito obrigada pelo selo e desculpa a demora imensa em responder! Não sei se chegou a ver eu parei de colocar os selos por alguns probleminhas aí, mas não deixo de agradecer no blog e indicar os blog que enviam, nada mais justo!

    Adorei a indicação e suas palavras doces..


    Um Beijo Camila!

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  3. Sinto em informar para a Amélia, mas... "Sonho meu, sonho meu..." Hahahahaha...

    Beijo!

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  4. é, a gente só percebe quando passa....e daí fica tentando voltar o que não foi.

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  5. Eu acredito que sonhos se tornam realidade.
    E a quarta-feira foi real.

    Beijos, flor!

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Obrigada por seu comentário!

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