quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Destino...


Seus cabelos eram tão pretos como uma graúna, brilhantes, vivos, sedosos. Eram tão pretos que intensificavam o azul e o brilho de seus olhos. Olhos que penetravam na alma, que tomavam posse do corpo de quem os fitasse. Olhos onde a saudade e a esperança se confundiam. Olhos que se permitiam sentir...
De repente, dei-me conta de que aquela menina não era apenas uma menina. Era uma mulher! Seus olhos expressavam inocência, mas sua alma feminina provocava delirios. Ela se tonaria deslumbrante...
Não sei qual o destino que tomou a Menina dos Cabelos cor da Graúna e dos Olhos cor do Céu, não sei o que se tornou, mas imagino... imagino coisas boas e graciosas, pois não consegui vislumbrar naqueles olhos tristeza, frieza ou medo, pelo contrario, eles se mostravam alegres, calorosos e corajosos. Acredito, firmemente, que ao olhar - olhar realmente - uma criança podemos imaginar o que ela será. Uma criança traz a alma estampada na cara, não usa máscaras, as máscaras são para os adultos que medrosos, sentem receios de mostrarem o que são ou o que sentem só pelo simples fato de poderem ser criticados...
Então sonho, devaneio e nos meus devaneios e sonhos sempre vejo a Menina dos Cabelos cor da Graúna e dos Olhos cor do Céu feliz...

[Camila Márcia]

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