domingo, 3 de abril de 2011

O arco-íris de Amélia


Ela não tinha certeza do seu futuro, mas aprendeu muito com seu passado. Amélia era dessas mulheres que aprendem através de um processo chamado vivência, ela acreditava que observar exemplos era comum e ao mesmo instante irrelevante, pois a pessoas tem a tendência de não levar a sério a vida dos outros – algo que ela chama de egocentrismo agudo generalizado toma posse da população que só consegue olhar para seu próprio umbigo, levando em conta apenas suas próprias experiências –, por isso ela aprendeu que viver era sempre mais difícil do que pensava, era correr riscos que não estavam exemplificados nas experiências dos outros, porque riscos não são iguais, muito pelo contrário: são todos diferentes!
Assim, quando ela achou que amava e se entregou por inteira, constatou que o suposto grande amor não passava de uma simples paixão. Daí descobriu que seu grande amor se encontrava no passado, tentou voltar para reconstruí-lo, mas o destino não é tão bom para aqueles que abandonam sentimentos, arrependem-se e tentam voltar no tempo. O destino, a vida, o mundo, as pessoas mudam e, por conseguinte muda tudo o que existe ou já existiu. Neste ínterim, Amélia pode constatar que sentimentos verdadeiros são eternos e a eternidade pode ser cruel quando há a impossibilidade amorosa que a vida depois de mudada, nem sempre pode ser reconstituída. Foi passando por tudo isso que percebeu que querer voltar no tempo é impossível, que todas as possibilidades se perdem quando damos passos errados, que querer viver emoções que deveriam ter acontecido no passado significa estar assinando um contrato com o termo: Se você insistir em viver de passado receberá como bônus  sofrimento.
Amélia tentou mudar, no entanto as mudanças não acontecem num passe de mágica – Amélia não era nem fada –, mas acontecem e só em saber disso já podemos respirar em paz. Saiu de seu torpor. 
Agora, todos os dias ao abrir as cortinas de sua janela vê um arco-íres, ela voltou a ver o céu, as cores e já consegue vislumbrar a felicidade, porque a felicidade é feita de pequenos e significantes momentos. A Felicidade é para cada pessoa diferente; para Amélia, a felicidade, era ver todos os dias o seu arco-íris, mesmo em dias de tempestades, afinal somos felizes no momento em que esquecemos as tristezas ou os motivos para sentí-la.

[Camila Márcia]



[...] cada escolha que você faz define no que você se tornará [...] você precisa olhar para si mesma e se perguntar se gosta da pessoa na qual está se tornando. (Gossip Girl)

6 comentários:

  1. que todas as possibilidades se perdem quando damos passos errados... realmente,mas é de passos errados que se constrói novos caminhos e novas possibilidades de ser feliz!

    afinal somos felizes no momento em que esquecemos as tristezas ou os motivos para sentí-la.
    Lindo Lindo querida! Devemos doar-se mais tempo para a felicidade do que para a tristeza,se temos mil e um motivos para sermos triste,o outro tem bem mais!
    Lindo Post,fez-me refletir bastante.
    Beijos Querida!

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  2. É experienciando que nos tornamos aptos para a vida.

    Beijo.

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  3. Quanto ao futuro não se pode ter certeza. Mas o que importa são nossos caminhos que nos levam a momentos felizes.

    Bjo Bjo

    http://jessicasilvinhad.blogspot.com/

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  4. Engraçado como as vezes, os teus contos me contam...

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  5. Felicidade é ter um arco-iris interno. Na iris dos olhos.

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  6. Acho interessante essa maneira de Amélia encarar o desconhecido. Ela sente medo, se sente insegura, mas parece que tem um algo a mais que a impulsiona a continuar tentando, seguindo e buscando um caminho certo em meio a tantas incertezas.

    Beijo!

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