*Robert Frost
Valentina se perguntava constantemente porque se subjugava a um relacionamento tão conturbado, tão possessivo. A resposta vinha como um jato de água fria: porque ela era covarde e tinha medo de mudar.
De repente era isso mesmo: ela tinha coragem para enfrentar todo tipo de problema, todas as pessoas do mundo, mas não tinha coragem de enfrentar seu próprio coração. Não tinha coragem de gritar com ele: “Porra para de sofrer, deixa de ser burro!”. Ela era covarde.
Covarde!
Ela tentava descobrir quando tinha deixado de mandar em si mesma e o pior: porque não tinha feito nada para impedir. Que absurdo!
_Eu só queria me ter de volta, como eu era_ falava Valentina.
_Por acaso Valentina, nunca podemos andar para trás. Siga adiante e tente mudar_ dizia sua amiga.
_Mesmo que eu mude, que minha vida mude, eu não posso apagar as marcas.
_Nem precisa, é bom manter as marcas bem visíveis, para podermos nos lembrar daquilo que não podemos em hipótese alguma fazer de novo ou... daquilo que podemos repetir com mais hesito.
Valentina olhou para seu interior e percebeu que de nada adiantaria tanto sofrimento, que tudo o que tinha passado na vida - de bom ou de ruim - tinha lhe proporcionado experiências, neste momento ela despiu-se da dor.
[Camila Márcia]
Penso eu que Valentina não está sozinha neste mundo marcado por pessoas covardes e incapazes de amar o próximo. E esse amor, ao qual me refiro, não é apenas dos corações loucos de paixões, é, sobretudo, o amor fraternal de tentar colaborar com o outro.
ResponderExcluirA gente se encontra...
Ternura sempre!
é muito dificil seguir em frente, esquecer todo um passado, bem vivido ou não... mas cedo ou tarde temos que acordar para um futuro melhor...
ResponderExcluirum beijo