domingo, 13 de março de 2011

... muitas vezes não podemos fazer a escolha que queremos e sim a que somos obrigados a fazer...

  
Já é passada duas semanas que seu coração foi despedaçado ao cair de um precipício.
Já é passada duas semanas de reclusão.
Catarina enfim tinha lhe deixado sozinha afirmando: “Volto logo, preciso resolver umas coisas, mas eu volto”.
Quantas vezes Amélia desejou estar sozinha e agora que finalmente estava só, tinha medo. Alex havia deixado uma mensagem de voz no seu celular já havia alguns dias e ela não teve coragem para ouvir. Não queria atender na frente de Catarina, mas também tinha medo de atender ali, sozinha. O que a esperaria? A decisão precisava ser tomada o quanto antes, afinal o “Volto logo...” de Catarina retumbava nos seus ouvidos.
Acessou a caixa postal e recebeu a mensagem:
 “Amélia, creio que seja difícil me desculpar. Não queria que fosse assim, pois a cada dia que passa estou convicto que te amo cada vez mais. Entretanto, Maria está grávida e não posso abandoná-la. Quero deixar bem claro que ela só tem 17 anos e foi contra toda a família para estar comigo, e eu sinto que não posso, em hipótese alguma, deixá-la. Você disse que temos sempre que fazer uma escolha, mas muitas vezes não podemos fazer a escolha que queremos e sim a que somos obrigados a fazer. Esta é uma escolha que me foi imposta e toda escolha exige sacrifícios. Estou sacrificando o meu amor, o nosso amor, para fazer aquilo que eu acho ser a coisa certa. Eu Te Amo, e espero que me perdoe. Perdoe-me por não escolher você, embora eu desejasse muito, mas... Eu sempre vou te amar”.
Ah não, as lágrimas que secaram estão se tornando enchentes após esta mensagem de voz! Que fará Amélia para perdoar seu grande amor? Podemos perdoar alguém que tem incondicionalmente nosso coração e opta por leiloá-lo?
Se na primeira oportunidade fizéssemos a coisa certa evitaríamos muitas desilusões. Se Amélia tivesse escolhido Alex e não Marcos, Maria não existiria no meio de ambos e a felicidade talvez fosse uma realidade bem próxima.
Amélia enxugou as lágrimas e discou o número de Alex. Caixa Posta, como ela queria:
“... Alex, sou eu: Amélia. Eu não consigo imaginar como seria se estivéssemos juntos, mas também não consigo imaginar o contrário: nós dois separados. É estranho porque não podemos estar juntos e me dói estar longe de você, mas...  Eu não tenho porque te perdoar, você nunca fez nada de errado e mesmo se tivesse cometido algum erro, tudo bem. Só não cometem erros aqueles que já morreram e eu quero que você viva, viva para acertar ou para errar, não importa: Viva.”
[Camila Márcia]

6 comentários:

  1. Se na primeira oportunidade fizéssemos a coisa certa evitaríamos muitas desilusões.
    E como saber de primeira que é a coisa certa a se fazer?
    As vezes precisamos bater a cabeça pra ver oq é o certo!
    Bjos e um ótimo domingo flor!

    ResponderExcluir
  2. É, na verdade Amélia deu espaço a Maria, complicada a vida dela, mas um dia ela encontra alguém especial...
    Belo conto...

    Bjs

    Mila

    ResponderExcluir
  3. "Às vezes faço o que quero... Às vezes faço o que tenho que fazer"

    ResponderExcluir
  4. Quem dera que todos os caminhos fossem os corretos....evitariamos tantos dissabores...
    Se bem que sem os erros não teriamos as grandes liçoes que ficam para sempre....
    Amei o seu blog...me tornei sua seguidora...
    Bjks

    ResponderExcluir
  5. As escolhas e sua consequencias..
    tão dificil quando não podemos optar e sim acatar...

    beijooos

    ResponderExcluir
  6. ... muitas vezes não podemos fazer a escolha que queremos e sim a que somos obrigados a fazer...

    Sempre temos escolhas e achar que somos obrigados a fazer alguma coisa, tira um pouco da responsabilidade das nossas decisões... e assim fica tudo mais fácil.


    Beijos


    Ani

    ResponderExcluir

Obrigada por seu comentário!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...