Esta semana minha amigas e eu
falamos muito em desapego, desprender-se de coisas que já nos machucaram ou que
já não importam tanto.
Então eu me desapeguei: saí de casa
sem o celular, resolvi apagar alguns números de contatos da agenda e todas,
T-O-D-A-S as sms guardadas [quase duas mil sms]... porque muitas delas
tinham um significado especial para mim e quando eu as relia vinham as
lembranças de forma tão palpáveis... mas apaguei, apaguei tudo até mesmo os registros
de chamadas... vamos lá, se eu vou me desprender tem que ser de tudo, né?
Em casa também joguei algumas coisas
no lixo, confesso que não foram todas as coisas que deveriam... mas eu sei que
um dia eu consigo! Entretanto, a sensação de faxina na minha vida foi
gratificante, mas...
Eis que num dia o celular toca e o
identificador de chamadas mostra aquele número, aquele nome [não estamos
livres dos fantasmas!] e o coração, traidor, acaba se denunciando com o
bater descompassado e gritante no peito.
Atender, ou não atender?
Como um número, um nome, pode deixar
a gente tão nervosa, com um sorriso tão estupido no rosto e uma raiva danada ao
mesmo tempo? O fato é que quando uma pessoa meche com a gente não tem como
evitar as reações do corpo.
Então porque não se jogar nos braços
desse sentimento tão avassalador? Bem, você se jogaria nos braços de uma pessoa
que tem a capacidade de te encantar completamente e depois [como num passe
de mágica] sumir? Não acho justo machucar assim nosso próprio coração já
tão fragilizado com outras dores, outros problemas e dissabores...
E, é assim que percebi que chega um
tempo que pra gente não machucar nosso coração a gente tem que mudar de rumo de
planos... e percebi que por mais que o sentimento seja grande e forte eles
podem ser perdidos e todos devemos ter consciência disso, uma ligação não é
capaz de resolver tantos mal entendidos e silêncios tão duradouros. Hiatos de vida.
Justo na semana da faxina, que eu
tinha decidido deixar as histórias mal resolvidas para trás, como num teste vem
essa ligação...
Só pra constar: deixei o celular
tocar e ainda dancei enquanto escutava a minha nova musiquinha do toque de chamada [Pocketful
of Sunshine] - com tantas mudanças eu também mudei o toque de chamada. Sei que economizei palavras, mas também nunca saberei quais palavras escutaria... São escolhas que a gente faz, que, querendo ou não, temos que fazer.
É, hoje, amanheci bem corajosa e
determinada. Veja bem, mesmo com medo de baratas hoje eu expulsei uma pra fora
daqui de casa a vassouradas! Mesmo com medo eu sobrevivi. A barata também
sobreviveu... foi cuidar da vida dela e eu da minha... O que
eu quero dizer é que eu fraquejei e não tive coragem de matá-la...
Mas, acreditem em mim, expulsar a
barata já foi um grande ato de coragem e me sinto orgulhosa, acho até que eu
merecia uma medalha, um troféu, um reconhecimento nacional e intergaláctico!
UAU, quanta besteira eu falei agora,
mas a verdade [verdadeira], o que quero realmente dizer é que todo mundo tem que aprender a superar
seus medos ou seus relacionamentos mal resolvidos e às vezes, deixar de atender algumas ligações, mesmo quando o coração pula no peito pedindo tresloucadamente para você atender...
xoxo
Mila F.
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