domingo, 10 de março de 2013

Devaneios da Mila 19#: Um nome, um número e algumas lembranças a mais...


Esta semana minha amigas e eu falamos muito em desapego, desprender-se de coisas que já nos machucaram ou que já não importam tanto.
Então eu me desapeguei: saí de casa sem o celular, resolvi apagar alguns números de contatos da agenda e todas, T-O-D-A-S as sms guardadas [quase duas mil sms]... porque muitas delas tinham um significado especial para mim e quando eu as relia vinham as lembranças de forma tão palpáveis... mas apaguei, apaguei tudo até mesmo os registros de chamadas... vamos lá, se eu vou me desprender tem que ser de tudo, né? 
Em casa também joguei algumas coisas no lixo, confesso que não foram todas as coisas que deveriam... mas eu sei que um dia eu consigo! Entretanto, a sensação de faxina na minha vida foi gratificante, mas...
Eis que num dia o celular toca e o identificador de chamadas mostra aquele número, aquele nome [não estamos livres dos fantasmas!] e o coração, traidor, acaba se denunciando com o bater descompassado e gritante no peito.
Atender, ou não atender?
Como um número, um nome, pode deixar a gente tão nervosa, com um sorriso tão estupido no rosto e uma raiva danada ao mesmo tempo? O fato é que quando uma pessoa meche com a gente não tem como evitar as reações do corpo.
Então porque não se jogar nos braços desse sentimento tão avassalador? Bem, você se jogaria nos braços de uma pessoa que tem a capacidade de te encantar completamente e depois [como num passe de mágica] sumir? Não acho justo machucar assim nosso próprio coração já tão fragilizado com outras dores, outros problemas e dissabores...
E, é assim que percebi que chega um tempo que pra gente não machucar nosso coração a gente tem que mudar de rumo de planos... e percebi que por mais que o sentimento seja grande e forte eles podem ser perdidos e todos devemos ter consciência disso, uma ligação não é capaz de resolver tantos mal entendidos e silêncios tão duradouros. Hiatos de vida.
Justo na semana da faxina, que eu tinha decidido deixar as histórias mal resolvidas para trás, como num teste vem essa ligação...
Só pra constar: deixei o celular tocar e ainda dancei enquanto escutava a minha nova musiquinha do toque de chamada [Pocketful of Sunshine] - com tantas mudanças eu também mudei o toque de chamada.  Sei que economizei palavras, mas também nunca saberei quais palavras escutaria... São escolhas que a gente faz, que, querendo ou não, temos que fazer.
É, hoje, amanheci bem corajosa e determinada. Veja bem, mesmo com medo de baratas hoje eu expulsei uma pra fora daqui de casa a vassouradas! Mesmo com medo eu sobrevivi. A barata também sobreviveu... foi cuidar da vida dela e eu da minha... O que eu quero dizer é que eu fraquejei e não tive coragem de matá-la... 
Mas, acreditem em mim, expulsar a barata já foi um grande ato de coragem e me sinto orgulhosa, acho até que eu merecia uma medalha, um troféu, um reconhecimento nacional e intergaláctico!
UAU, quanta besteira eu falei agora, mas a verdade [verdadeira], o que quero realmente dizer é que todo mundo tem que aprender a superar seus medos ou seus relacionamentos mal resolvidos e às vezes, deixar de atender algumas ligações, mesmo quando o coração pula no peito pedindo tresloucadamente para você atender...

xoxo
Mila F. 

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