sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Seu...


Crápula! Você acha que pode entrar e sair da minha vida como se eu fosse uma porta de apartamento? Pode esquecer. Se você me deixar, dessa vez será diferente (eu sempre digo isso!). Não vou voltar para você, não vou permitir que você volte e me faça sofrer tudo de novo.
Por acaso você acha que aqui mora um coração de pedra, que não sente nada? Está enganado. Eu sofro cada vez que você me deixa: penso que meu mundo irá desabar, que eu nunca mais serei capaz de sorrir, que eu serei infeliz, mas depois...
Depois eu vejo o sol nascer, os pássaros cantarem em minha janela, a flor desabrochar e percebo que estou curada do sofrimento, então...
Você surge, outra vez, do nada: diz que me ama e não pode viver sem mim. Sou tola, todo mundo sabe disso! Sou estupidamente tola, pois sempre acredito nesse seu blá blá blá desumano: abro os braços, te aceito de volta e...
O ciclo recomeça... dias felizes, dias nem tão felizes, dias infelizes, dias de brigas, dias de abandono, dias de solidão...
Vislumbro o sol, os pássaros e as flores e... Você volta...
O pior é que você sempre volta e eu sempre te recebo de braços abertos...
Braços abertos para receber minha maior felicidade regada com todo o sofrimento que tenho direito....

[Camila Márcia]

Um comentário:

  1. O tempo resolve tudo...
    Adorei o texto, e principalmente seu estilo, trenzim.
    Bjos.

    @ChrisRibeiro

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